terça-feira, 21 de março de 2017

MINHA INFÂNCIA (Foto poema)




MINHA INFÂNCIA.
Quando pergunta o peito e cala a garganta
Como que seus trejeitos estão em mim?
No mais sutil almoço ou requinte janta
Vejo meus grandes moços, ou eu  enfim?

Cada olhar que lhes sinto é lá que estou
Como, se nem precisei lhes ter lembrado?
Se até mesmo ao dormir, sonhos meus sonhou.
Por que quando sorrir lembro o meu passado?

Vai além nostalgia, nossa semelhança
Será que na poesia eu possa esclarecer?
Nos poemas, em meus versos, encontre a criança

Que meu filho e meu neto vêm devolver
No espelho que reflete tal semelhança
Lembrança se repete da minha infância.

Mônica Pamplona.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

ROSA VERMELHA- (DA SÉRIE MULHER)




ROSA VERMELHA.


Quisera ser uma rosa vermelha
A saudar a vida em parcela
Num vermelho que mesmo em devasso
Alcançasse meu tom donzela.

Nata altiva flor em beleza
Em sua realeza, passo a passo.
No vigor delicado que se regenera
Para depois... Pousar pétalas em regaço.

Pelos bardos a ser reverenciada
Enaltecida em seus versos e prosas
Na inspiração qualquer, que me permite;

Ora ser mulher, ora ser rosa.


Mônica Pamplona.
23/01/2017.

SOBRE AS FLORES.




SOBRE AS FLORES.


Disse certa vez, um poeta
Em melodia a musicar

“As flores não falam”

Ora que bobagem!
De que precisam falar?
Ainda que mudas permaneçam
Sabem como se expressar

Amam o amor em beleza
Servidas de toda pureza

Falar... Nada nos diria
Louva, portanto, o silêncio
Orvalha da noite para o dia
Reluz de luz sem dispêndio
E cabe aos bardos como reverencia
Sagrada e onipotente, poesia.


Mônica Pamplona.
23/01/2017.




MINTA PRA MIM.






MINTA PRA MIM.


São teus olhares furtivos
Maliciando outra pessoa
Ainda estando comigo!
A me mentir, à-toa!

Sempre tão apaixonado,
De forma sensual
Chega a ser engraçado
Mas também, não faz mal!

E quando tuas mãos vagueiam
Ávidas em meu corpo
Em carícias que salteiam
Pressinto algum engano,
de novo!

Só palavras a convencer
Quão prazerosa que sou
E não meço em esquecer
Como tudo começou ou terminou!

Ora, tão ledo engano.
De mentiras sem fim
Vou entrar pelo cano!
Mas...
 Minta pra mim!


Mônica Pamplona.
13/12/2016






segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

RUFOS PÓS JANTAR


RUFOS PÓS JANTAR

Amo a vida com suas encrencas,
mais das vezes puras, sem maledicências,
germinadas e floridas as pencas,
desafiando mentes e ciências.
Quando o número de vogais medem os versos,
fico perplexo com tamanhas regras...
Prendem como policiais perversos,
inocentes palavras de entrega.
O fato da "morte da bezerra" -
por si só, uma asneira -
expõe o cocho do formalismo
que envolve a vaca leiteira.
Soa o violão, liberta o mundo
e, como dizia Drummond -
"Eu não me chamo Raimundo" -
mas é do meu rasinho que sei do profundo.










Muito honrada em receber de presente esse brilhante em obra, desse poeta que muito admiro, PAOLO LIM. Por sua irreverência e arroubos poéticos, que tanto caracterizam sua poesia.Penso que ainda se irá ouvir falar bastante, desse grande mestre.














quarta-feira, 12 de agosto de 2015

ENVELHECER


ENVELHECER

Não temo o tempo que venha me cobrar
Seus dias, seu tempo... Tentando me dizer
hora e chegada do tempo se acabar
Ou, talvez nada, somente envelhecer.

Se permitir eu quero viver o tempo,
e me assumir quando na idade chegar
Talvez quem sabe, esquecer o que nem lembro
E então me cale faltando o que falar.

Que mal existe se lento eu caminhar?
E se persiste quero poder sentar
No meu sem jeito, quando estiver cansada

Vinda dum beijo, a força que eu precisar
Fará sentir na minha pele engelhada
Todo o despir do viço, a me reciclar.



Mônica Pamplona
03/08/15.





  

Mônica Pamplona
03/08/15.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

LASCÍVIA (Indriso)

                                Imagem retirada do Google.
                                Desconheço o autor.


LASCÍVIA


Provocantes sortilégios - encantadores
Quando provida, sem o acaso, da sensualidade
Exibindo a senhora que és, de todos os senhores.


Altar/cama, funde a magia em divindade
Onde a penumbra alcança todos os teus amores
Enveredados pela tez cetim, em habilidade


Exaurindo o prazer dos lábios, carmim


Nos gemidos que começam, sem regras e sem fim.


Mônica Pamplona.
17/02/15.


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

MEU MAIS RECENTE LANÇAMENTO.

              AMAZÔNIA DO PARÁ E SUAS VISAGENS, é o meu mais recente lançamento literário. Um livro que conta causos regionais. Com cinco contos, encarando o maior suspense. Totalmente envolvido nas visagens que habitam minha Terra natal.



SOBRE A VIOLÊNCIA.



SOBRE A VIOLÊNCIA.


          A mídia não para. A todo instante tem um caso de violência a divulgar para a sociedade. Sociedade esta, que paga seus devidos impostos, e que todos os dias sai para a labuta de seu cotidiano em busca de uma vida, pelo ao meno, mais decente, de se poder viver. Enquanto que, às margens dessa sociedade, muitos são os que querem apenas usurpar do cidadão de bem, seus valores materiais. Destruindo famílias, com a maldade de suas armas em riste e certeiras, a subestimar qualquer valor da vida humana. Vivemos a mercê da insegurança. Sem opção de defesa e nenhum respaldo por garantia. Nossas casas são cárceres que aprisionam sonhos de um bem viver em liberdade. Enquanto lá fora, marginais transformam nossas ruas no inferno que residem. Desqualificando e humilhando cidadãos que investem seus salários para o desfrute de um bairro, ou cidade, que jamais usufruirão, com medo das agressões escancaradas a cada esquina!

           Não consigo me conformar com tal situação.

            Igual a tantos brasileiros, desconheço até onde posso exercer meus direitos. Mas penso que, se cada cidadão molestado por essa violência processasse o governo pela sua segurança negada, talvez, se pudesse pressionar mudanças em nossa legislação. Acarretando leis mais rigorosas e as pondo em execução. Pois, não caberiam nos tribunais tantos processos, reivindicando os direitos de segurança do povo. Quem sabe, nossos representantes, sentindo tanta saída de verba (que poderiam estar em seus bolsos) para indenizações, amolecessem os corações e tentariam alguma providência para essa situação.


         É bom começarmos a pensar nessa possibilidade.



Mônica Pamplona.
05/11/14.

RODA A SAIA, SARA...



RODA A SAIA, SARA...

Sara, roda a saia...
E vibra, e sente, e gira...
Saúda com tamanha ginga
passos, que descende e intuíra.

Roda a saia, Sara...
Aquece o choro da fogueira,
quase queimando violino
no teu bailar, viola sem beira.

Sara, roda a saia...
Mesmo ainda que estivesses nua,
vestirias de tuas castanholas,
furtando, todo o abrilhantar da lua.

Roda a saia, Sara...
Ana, ou Diana, ou Mariana...
Esteja em qualquer carta,
ou na magia de qualquer cigana.

Sara, roda a saia...
Que transpira beleza rara
No sereno da noite que caia
Endeusando e rodando, a saia de Sara.


Mônica Pamplona.
19/11/14.


domingo, 13 de julho de 2014

O BRASILEIRO E A COPA (CRÔNICA)




      E aí... O povo brasileiro resolveu deixar pra lá, o problema duma Copa superfaturada.

         _ Afinal, é o hexa que está em jogo!

        Vencidos pela febre do futebol. Quase toda uma nação pobre de educação. Vestiu-se de verde e amarelo para torcer por uma utopia em desafio.

      _ Afinal, é a honra do país do futebol que está em jogo!

     Portanto, permitiu-se esquecer da falta de saúde, da segurança... De toda politicagem que acerca terra tão rica e promissora.

    _ Afinal, ao menos esse troféu para ser polido e admirado com orgulho!

    Depois de tanta batalha nas ruas, reivindicando direitos para um povo esquecido e abusado pelos seus dirigentes, foi dado um sedativo para o Gigante que voltou a adormecer.

    _ Mas os doze defensores em campo perderam o jogo!

    A Copa tão cobiçada e tão importante. Que talvez, quem sabe, nas cabeças de muitos brasileiros, fosse o alvo de suma relevância para a resolução de todos os problemas deste imenso país. Agora perdida para uma seleção que desde a segunda guerra mundial não detonava, de uma vez só, com toda uma nação.

    _ E agora?...

    O jeito é recolher toda lona verde e amarela desse circo, e continuar correndo atrás do pão de cada dia, que custa mais caro para os bolsos de cada um. Com exceção, é claro, de uns poucos privilegiados que estão no poder. Achando que o espetáculo já foi o suficiente para amortizar os tolos.


Mônica Pamplona.
09/07/14

sexta-feira, 23 de maio de 2014

POESIA X POETAS.



O que diria a poesia se lhe faltasse...
"Talvez, quem sabe, os poetas em sequela".
Deixassem a elegância dessa classe
jurados nos sonetos de Florbela.



Jejuariam grandes bardos nessa insana,
busca do mais perfeito poema um dia!
Travada por Drumond, nosso Quintana,
Saramago, Neruda, até Cecília...



E são tantos os momentos em expresso
na auditoria de réus, - versos/confesso.
Sentimentos antigos... Tantos mais...



Que caminham no tempo sem sotaque
Penetram em Vinícius de Moraes,
exaltando a poesia de Chico Buarque.




Mônica Pamplona.
23/05/14.