sábado, 25 de setembro de 2010

QUERER (MÔNICA E TÚLIO)

O querer não é poder.
É criar desejo.
e desejar.

É a pré-conquista.
É importante,
para conquistar.

Querer não requer nada.
Basta querer.
É guerra ganha,sem fortes e fracos.

É livre arbítrio,
de nossas vontades.
É um poder calado.

Velha vaidade necessária.
A insuflar nosso ego.
Quem quer pode.

Mas só querer não basta.
Tem que por em ação,
O Querer na vontade prática.





quarta-feira, 22 de setembro de 2010

OBRAS PÓSTUMAS


Pobres poetas quando em vida e morte.
Perseguidos com a mesma intensidade.
Em existência eram sub-julgados,
Para depois jazer em debilidade.

Poetas a letrar toda luxúria.
De uma sociedade,governo ou seminário.
Estes,depois da certeza do morto,
Retiravam os chapéus para o rito funerário.

Algozes da arte em denúncia escrita.
Cargueiros de poetas sobre o amor.
Poetas de entrelinhas lícitas.

Fizeram das suas exéquias a seu dispor.
Subestimaram sua morte,pensando ser esquecida.
Mas o poeta,a morte não mata,permanece em vida.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

NO TEU CORPO

No teu corpo
Minhas mãos criam vida
Em carícias te exploram.
Numa direção resolvida.

Conheço o caminho a percorrer.
Sei do final dessa estrada.
Me alicia ao prazer do teu gozo.
Ponto de partida e chegada.

Em teu corpo
Eu me desmancho.
Me sacio,
Sem comando.

Na explosão desse prazer.
Que envolve magia e amor.
Te sinto em frenesi.
Entre gemidos sem dor.

Louca fantasia a nos possuir.
Irrelevante qualquer sensatez.
Na entrega de nossos corpos.
Alforria-se nossa lucidez.

Em teu corpo
Inspiro minha poesia.
No relevo que me cabe.
Minunciando tua geografia.

Absorvendo essa volúpia.
Do convencional ao reverso.
Escancaro,qual papoula madura.
Tu,polinizas nosso sexo.

Realidade absoluta.
És meu grande enlevo.
Sou tua bússola,
Mas em teu corpo,me encontro e me perco.


FERIDA ABERTA

 

Sigo ferida, mas sem estar sangrando.
Pela região extensa de minha pena.
Denunciando essa minha dor em pranto.
Em rimas deslizando neste meu poema.

Então toco em meu coração ferido.
Ali sei das agonias e dores que disparam!
Estanco, em uma lembrança... um suspiro.
Onde as lágrimas de meu pranto brotaram.

Me recordarás, seja em algum momento.
Pois não te esqueci em nenhum instante.
Tento te arrancar, bem daqui de dentro.

Tento, tento... Mas te amo tanto, tanto...!
Que por ti sentir assim, de mim, tão distante.
Dói essa ferida, mas em compensação eu não sangro!

Mônica Pamplona.

sábado, 18 de setembro de 2010

NOSSO ESTRESSE DE TODOS OS DIAS


O relógio
Passou a ser um algoz.
Inesquecivel objeto de todos.
Marcando o tempo preciso,
De vidas em alerta.
Vidas,sob comando.
De um tempo corrido.

Tempo esse que não permite.
O desfrute de apreciar.
A beleza que nos cerca;
Da natureza,
Sentimentos,...
Que aindam restam a'florar.


Mar,na sua imensidão
Deixou de ser cenário.
Agora vive à deriva.
Faz parte de um relicário!


Amigos só se falam,
Ao telefone e por e-mail.
Em ritmo de intolerância.
A pressa gera desapego.


Cansaço desmedido.
Refeições sem família.
O nervosismo impera.
Em mentes a beira de uma colisão.

O trânsito.
A violência.
A hora.
O cotidiano.
.....

Retrato mal traçado.
De uma sociedade.
Que alimenta o estresse.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

POESIAS EM CHAMAS

Queimo todos os meus versos!

Versos que a ti eu dediquei.
Fui poetisa,fui meu inverso,...

Hoje sei o quanto errei.
Em querer viver um sonho.
A ti me entreguei.

Agora os versos que componho.
Em rimas de lágrimas se convertem.
Têm minha tristeza como inspiração.
Meus poemas agora advertem.

Em escritos numa condição!
Sobre linhas da minha vida.
Não mais os beijos teus.
Em minha poesia será lida.
Apenas os versos que são meus.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A TE SEDUZIR



Deslizo em meus lábios o vermelho do batom
Maquiagem no rosto, /delicado carmim/.
Estonteante perfume na malícia do tom.
Fragrância acetinada sobre mim

 Lingerie e meias pretas ao meu dispor
Acessório ousado, / como não, atrevido? /.
Sobre o salto Luís XV em seu glamour.
Delineando as curvas do meu vestido.

À mesa, servido um jantar á luz de velas.
Pratos afrodisíacos a incentivar.
Uma noite romântica que nos espera.

O frio lá fora,... Trepida a lareira acesa.
Próximo do tapete a nos convidar.
Vinho tinto em nossos corpos,... Como sobre mesa.

                                        
          Mônica Pamplona.