quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

UM CARINHO ESPECIAL DO GRANDE POETA JORGE MONTENEGRO



MINHA  ESTRIGE

 



Em cada sol e em cada lua alicientes,
procuro ávido os teus olhos camponeses;
esses teus negros lindos olhos que às vezes
se aventuram em me fitar tão displicentes.


Não é saudade, nem angústia que me aflige;
é a vontade de encontrar-te em minha cama,
esse fervor que a gente sente quando ama,
um prisioneiro dos encantos dessa estrige.


Enfeitiçado por teus versos sensuais,
nas minhas noites sou andejo inaudito,
buscando rimas e cesuras, tão aflito,


vou encontrando nas estrofes casuais
esse soneto que se acha circunscrito
na poesia deste bardo...e nada mais.



Jorge Montenegro



- Minha homenagem à ilustre poetisa Mônica Nunes Pamplona em seu lindo poema "Bruxo Meu".

Para melhor avaliar. Acesse o link abaixo e verá.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

BRUXO MEU (SONETO)


 
Nem todos mistérios do universo
Ousariam revelar tal magia
Face, a tanta sedução impresso
Em teus trejeitos, em demasia

Sonoras carícias a desvendar-me
Prazer – luxúria, a enfeitiçar-me
E nas lembranças,... Ficaram detidos
Lascivos toques, nunca esquecidos

Restaram efeitos colaterais
Erotismo de tua bruxaria
O meu corpo quer tuas digitais

E novamente, sentir teu prazer
_Meu Bruxo, a tua feitiçaria
Só não permite eu te esquecer.




Mônica Pamplona.

domingo, 27 de novembro de 2011

MAL_DITO (POEMAGEM)



UM TOQUE DE MAQUIAGEM (SÉRIE MULHER / part. VII)


 
O tom da arte,

em face

Reluz, - Humana tela

Com seu pincel,

/um dispositivo/

A brincar no rosto dela



Destaque na base que realça

No apurado transe daquela

Com suave suspiro de carmim


 Onde no olhar,
cintila a sombra de uma aquarela

Na colorida tez – cetim



Sagrada moldura espelhada

  Reflete ela em miragem

Rubrica em traços femininos

Num toque,

retoque, de maquiagem.




Mônica Pamplona.
23/11/2011



TATUADA (SONETO TRISSÍLABO)


 
O teu nome

Tatuado 

Sei bem onde

Bem velado



Que instiga

Tentação

Só castiga

Digo não



Se te quero

Não permito

Eu impero



Mas teu nome

Feito mito

Jamais some.
Mônica Pamplona
23/11/2011



VIDA (POEMAGEM)




EM PARTICULAR



Não precipitemos conclusões
Deixemos tudo como está
A última folha do outono,
quisera, mas ainda não caiu
Nem essa mágoa que trago no peito
 se distraiu.

Douremos as lembranças que ficaram
Incentivos a persuadirem
A tantas primaveras em flores
 Onde os espinhos, que agora nos consomem
Em sangue que antes cicatrizava em harmonia
A cada toque do meu telefone.

Quando findar essa nevasca
De ventos gélidos em nossos sentimentos
..._Quem sabe no retorno do verão.
 Ele aqueça e derreta
Com intenso calor fraterno
E saturem esses tantos “nãos”.



Mônica Pamplona.
17/11/2011



quarta-feira, 16 de novembro de 2011

CAPA DO MEU LIVRO



Em breve minha poesia nas páginas do meu livro. 
Em parceria com minha irmã, MISSANGAS trará poemas com nossas digitais.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O AUGE DA POESIA






Letras que acariciam uma composição

Penetrando em rimas a satisfazer

A libido de um enlevo em sedução

No vai e vem da escrita

Provocando versos em excitação



Desejo que transcende o real

Magia que sacia,

o prazer em inspiração

No instante em que os sentimentos

juntam-se em total sincronia

/ápice de um poema/

Ai,...

 É quando satisfaz em gozo a poesia.


Mônica Pamplona.
11/11/2011



CONCEITOS DE BRUXA

Desconhecendo a origem da palavra Bruxa

Também se ignora Santa Inquisição

Tribunal que condenava a todos que não usasse

O estereótipo do catolicismo como religião



Wicca cultua o ciclo da vida

Adoração à Deusa Mãe / Natureza

Religião Matriarcal que se faz absorvida

Em Água, Fogo, Terra e Ar, /elementos da pureza



No solstício que celebra o verão

em dias mais longos que hão de vir.

Com abundância de prazer e fertilidade,

da terra, - encarado pelo poder feminino.



Da velha feia que voa em sua vassoura,...

Não passam de superstições a quem couber

Ser Bruxa também doura

Nos encantos femíneos de uma mulher.

Mônica Pamplona.
20/10/2011

AMOR EM MODA


Entenda apenas,... O que sinto é amor

Se o que faço e desfaço, é contra producente

Apenas faço, porque te amo meu senhor

E não satisfaço aos olhos dessa gente



Será que não acreditam mais nesse puro sentimento?

Por que tanto medo da dor desse lamento?

Que trinca um coração quando apaixonado

Mas assenta em exultação seus cacos.



Ainda que o amor esteja démodé

Essa moda jamais irá desaparecer

Aos olhos de muita gente, é uma cilada



Ironiza esse sentimento ancestral

Descarta a possibilidade de estar apaixonada

Desmerecendo o amor à moda atual.


Mônica Pamplona.


26/08/2011

AMOR DOENTIO



Sei que nasci
Para viver esse amor
Que me consagra
Em delirios e prazeres
No mais exímio aconchego
Que invade meu coração

Vivo para este amor
Que ora,
 é doce
E suave como a brisa
A embalar momentos de emoção
Farfalhando meus sentidos,
escorregando em meu corpo,
... Sussurrando aos meus ouvidos.

Ou ora,
torna-se um temporal
Devasta e agride com total insensatez
Inunda-me em lágrimas
Bate a porta
E vai-se meu monsenhor

Enfeito a casa de flores
Sou toda espera
Atiço meus valores
E volto a me recompor

Da mão que bate em minha cara
Às humilhações que vomitam em mim
São recicladas
Em crise de amor as transformei
Convicta da cruel realidade
Capacho por opção
 Sei, que por esse amor
Ainda morrerei.

Mônica Pamplona.

AH!...ESSES JOVENS!


                                                   Ah... Esses jovens.

Quanta energia extravasada
Em supostas façanhas notórias
Extraídas da imaturidade

Despejam alegria e luz
por onde passam
Saudando a vida com disponibilidade

Ah... Esses jovens

Distribuem a beleza de sua juventude,
num afrodisíaco sachê
Em quimera para o tempo

Irradiam seu brilho
Desabrochando para a vida
Com as descobertas em cumprimento

Ah... Esses jovens.

Férteis de imaginação
Sonham sonhos reluzentes
Fugindo da realidade

Vivem a cada segundo
Mas não lhes apetecem a opinião,
de quem já teve essa idade.

Ah... Esses jovens!

Mônica Pamplona.
05/11/2011


Fotos arquivo pessoal de filho e sobrinhos.

POR ALGUNS INSTANTES...


Por um momento de fraqueza

Pensamentos trafegam sem direção

Nas trevas, sem nenhuma clareza

Interferem sem pedir permissão.



Desestruturam minhas forças

Arrumando qualquer pretexto

Algo em que total absorva

As idéias de meu contexto



Entregar-me, não seria a solução

Melhor será sintonizar corpo e mente

Relaxando e descartando a depressão

Busco outra saída, e reinicio novamente.    


Mônica Pamplona.
28/10/2011

sábado, 5 de novembro de 2011

VIDA E MORTE DO AMOR (SURREAL)


Sai do mundo das trevas

Fui em busca de algo

Ou, nem sei quem!

Queria sentir,

chorar,...

Assim como os mortais

Entender tanto apego

A tantos irreais



De traje corpóreo

vaguei por vidas vazias

Em mentes a se decompor

E quando já estava quase desistindo

Deparei-me diante do amor!



Tão puro e luminoso

Frágil e intenso

Desarmou-me sem relutância!



Entreguei-me,

senti,

amei,

...

Por tão curtos e inesquecíveis instantes!



Entendi o milagre da vida

A grandeza de existir

Essa incessante busca

Em que todos se atropelam

E machucam-se nesse ínterim.



E eu,...

Que me imaginava com tamanho poder

Decidindo a morte de todos



Foi quando uma lágrima brotou

...E eu chorei!

Chorei a meu dispor

Por não ser digna desse sentimento

E ter que matar esse amor.


Mônica Pamplona.
28/10/2011


PALAVRAS DESDITAS



Tantos são os que pregam amizade
Disfarçam com sorrisos nos lábios
Ditos/ tamanha arbitrariedade!
Removendo-se máscara – ávidos

Humildade propagada sem crer      
Narra seu melhor ao ser humano   
Palavra que cala ao esquecer   
Quando precisa, - qualquer fulano!   

Na mira em que seu próprio ego, 
prende-se na fé da religião  
Enxerga bem menos que um cego 

Que não é essa paz em comunhão
Onde difama sem coerência 
Irmãos que somos nessa existência.   

Mônica Pamplona.
03/11/2011


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

DEPRESSÃO


Abre-se a porta dos mistérios
Escondidos em compartimentos
Inacessíveis à memória

Refletem dor,
desespero,...
Traumas que não precisam
despertar

Pisss...
Fechemos a porta
Não há motivos para liberá-los.

Mônica Pamplona.

29/08/2011