quarta-feira, 19 de novembro de 2014

MEU MAIS RECENTE LANÇAMENTO.

              AMAZÔNIA DO PARÁ E SUAS VISAGENS, é o meu mais recente lançamento literário. Um livro que conta causos regionais. Com cinco contos, encarando o maior suspense. Totalmente envolvido nas visagens que habitam minha Terra natal.



SOBRE A VIOLÊNCIA.



SOBRE A VIOLÊNCIA.


          A mídia não para. A todo instante tem um caso de violência a divulgar para a sociedade. Sociedade esta, que paga seus devidos impostos, e que todos os dias sai para a labuta de seu cotidiano em busca de uma vida, pelo ao meno, mais decente, de se poder viver. Enquanto que, às margens dessa sociedade, muitos são os que querem apenas usurpar do cidadão de bem, seus valores materiais. Destruindo famílias, com a maldade de suas armas em riste e certeiras, a subestimar qualquer valor da vida humana. Vivemos a mercê da insegurança. Sem opção de defesa e nenhum respaldo por garantia. Nossas casas são cárceres que aprisionam sonhos de um bem viver em liberdade. Enquanto lá fora, marginais transformam nossas ruas no inferno que residem. Desqualificando e humilhando cidadãos que investem seus salários para o desfrute de um bairro, ou cidade, que jamais usufruirão, com medo das agressões escancaradas a cada esquina!

           Não consigo me conformar com tal situação.

            Igual a tantos brasileiros, desconheço até onde posso exercer meus direitos. Mas penso que, se cada cidadão molestado por essa violência processasse o governo pela sua segurança negada, talvez, se pudesse pressionar mudanças em nossa legislação. Acarretando leis mais rigorosas e as pondo em execução. Pois, não caberiam nos tribunais tantos processos, reivindicando os direitos de segurança do povo. Quem sabe, nossos representantes, sentindo tanta saída de verba (que poderiam estar em seus bolsos) para indenizações, amolecessem os corações e tentariam alguma providência para essa situação.


         É bom começarmos a pensar nessa possibilidade.



Mônica Pamplona.
05/11/14.

RODA A SAIA, SARA...



RODA A SAIA, SARA...

Sara, roda a saia...
E vibra, e sente, e gira...
Saúda com tamanha ginga
passos, que descende e intuíra.

Roda a saia, Sara...
Aquece o choro da fogueira,
quase queimando violino
no teu bailar, viola sem beira.

Sara, roda a saia...
Mesmo ainda que estivesses nua,
vestirias de tuas castanholas,
furtando, todo o abrilhantar da lua.

Roda a saia, Sara...
Ana, ou Diana, ou Mariana...
Esteja em qualquer carta,
ou na magia de qualquer cigana.

Sara, roda a saia...
Que transpira beleza rara
No sereno da noite que caia
Endeusando e rodando, a saia de Sara.


Mônica Pamplona.
19/11/14.


domingo, 13 de julho de 2014

O BRASILEIRO E A COPA (CRÔNICA)




      E aí... O povo brasileiro resolveu deixar pra lá, o problema duma Copa superfaturada.

         _ Afinal, é o hexa que está em jogo!

        Vencidos pela febre do futebol. Quase toda uma nação pobre de educação. Vestiu-se de verde e amarelo para torcer por uma utopia em desafio.

      _ Afinal, é a honra do país do futebol que está em jogo!

     Portanto, permitiu-se esquecer da falta de saúde, da segurança... De toda politicagem que acerca terra tão rica e promissora.

    _ Afinal, ao menos esse troféu para ser polido e admirado com orgulho!

    Depois de tanta batalha nas ruas, reivindicando direitos para um povo esquecido e abusado pelos seus dirigentes, foi dado um sedativo para o Gigante que voltou a adormecer.

    _ Mas os doze defensores em campo perderam o jogo!

    A Copa tão cobiçada e tão importante. Que talvez, quem sabe, nas cabeças de muitos brasileiros, fosse o alvo de suma relevância para a resolução de todos os problemas deste imenso país. Agora perdida para uma seleção que desde a segunda guerra mundial não detonava, de uma vez só, com toda uma nação.

    _ E agora?...

    O jeito é recolher toda lona verde e amarela desse circo, e continuar correndo atrás do pão de cada dia, que custa mais caro para os bolsos de cada um. Com exceção, é claro, de uns poucos privilegiados que estão no poder. Achando que o espetáculo já foi o suficiente para amortizar os tolos.


Mônica Pamplona.
09/07/14

sexta-feira, 23 de maio de 2014

POESIA X POETAS.



O que diria a poesia se lhe faltasse...
"Talvez, quem sabe, os poetas em sequela".
Deixassem a elegância dessa classe
jurados nos sonetos de Florbela.



Jejuariam grandes bardos nessa insana,
busca do mais perfeito poema um dia!
Travada por Drumond, nosso Quintana,
Saramago, Neruda, até Cecília...



E são tantos os momentos em expresso
na auditoria de réus, - versos/confesso.
Sentimentos antigos... Tantos mais...



Que caminham no tempo sem sotaque
Penetram em Vinícius de Moraes,
exaltando a poesia de Chico Buarque.




Mônica Pamplona.
23/05/14.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

UM POEMA CHINFRIM





Não, não talho palavras bonitas
Nos dias, tardes... Que são sempre assim
Borboletas trajando suas chitas
Mascarando o meu lindo jardim!

Flores que tão perfumam quintal
Tanta beleza para caber
Mas ficam entre as roupas/varal
Escondidas, temendo se ver.

Dedilhar n'interím dessa cena
Tirando a inspiração do meu poema
Interagindo feito em blasfêmia


Entre as Tulipas, Lírios, Jasmins...
Saudando sem poesia, mil Gardênias
A brotar nos meus versos chinfrins.



Mônica Pamplona.
21/05/2014.

terça-feira, 22 de abril de 2014

SENHORA DE QUARENTA. (SÉRIE MULHER - PARTE XI)

Imagem Google.


Ah, senhora...
Tua oculta prata apenas responde
sobre os desejos ainda tão presentes
Da mulher/juventude sobre essa ponte


No expresso tempo que te reverencia
Não permitas furtar a idade
Intensas, são sempre as emoções
sem que percas tua identidade.


Que importam as marcas da vida,
se és Senhora de toda tua existência?
Num sacio onde à beleza,
faz dispensa diante de tuas experiências.


És Senhora de todas as Senhoras
Das quatro décadas que enfrenta
Perdida dos viços da juventude
Porém dotada
Dos encantos de todos os teus quarenta.

Mônica Pamplona.
22/04/14


quarta-feira, 5 de março de 2014

QUARTA FEIRA DE CINZAS



QUARTA FEIRA DE CINZAS.

Saúdam as máscaras
de tão bem guardadas
agora afinal

Refletem a alegria,
todas bem dispostas
 a mais um carnaval

Sambam em harmonia
Brilhando as purpurinas
desse cenário

Quando muito garbosas
fogem tantas fantasias
de seus armários

In-vestindo seus foliões
que entranham nessa magia em ledo
Levitando em suas serpentinas

Alegando alegria em todas as gingas
 Acessório dum samba enredo
Abortado numa quarta feira de cinzas.

Mônica Pamplona.
03/03/14

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

INSATISFAÇÃO


INSATISFAÇÃO.

Se faça,
lambuze,
desfaça
ou abuse

Mas nunca
perfeito
assunta
o feito

Pois tende
e entende
querer

O mais
Sem ser
capaz.



Mônica Pamplona.
25/02/14

domingo, 26 de janeiro de 2014

SEM POESIA.



Roubaram a chave da poesia!
Gritos calados despertam
nessa insana madrugada

Poetas trancafiam suas penas,
podam os corações,
num silêncio de cada

Ensurdecem as músicas
na falta que os versos fazem...
No uivo de cada bardo

Sonhos se desfazem
numa natureza de pedra;
Sem sol, pássaros... Sem riacho.

Diluem-se as paixões
em secos sentimentos.
Tão carentes de amor

Esquiva-se a fantasia.
Agora, sem mais poesia.
O mundo perdeu seu valor!




Mônica Pamplona.
26/01/14.

NA VONTADE.


Não sou lua
que ilumina
Ser só tua
sou neblina.

Fico nua
A mercê
Relva pura!
Nem me vê!

Regozijo
sem prever
cada instinto

Que deprava
A envolver
quase nada.

Mônica Pamplona.
24/11/13.

FIO DE CABELO (Série Mulher - parte X )
























Tempos a fio... Em fios, tão leves e soltos.
Exaltam depois da progressiva
Seduzem ao olhar diante de todos
Na sutil malícia quando incita.

Quão tingido sonho se revela
novelo de fios d’ouro assentados...
Sedosos cabelos – se faz tela
Em face moldada e sem pecado

Acalenta o vento em que arremessa
a perfeição/diva que sem pressa,
desbrava em delírio sua beleza

No brilho/mulher quando faceiro
realça e satisfaz o poder em realeza
Esculpida por ‘um cabeleireiro.

Mônica Pamplona.
19/01/14.

VOU CANTAR...

Imagem Google.


Canto o amor, ou a vida,... Todo o sentir
Pois no meu cantar não requer motivos
Canto - e assim sei que vou permitir.
Emprenhar Minh’ alma pelos meus ‘ouvidos.

Talvez o cantar venha coincidir.
No momento exato duma canção
o enlevo que não deixa eu desistir
E a música invade sem discrição.

Inovo na letra sempre que faço
da harmonia do meu cantar o meu abraço
Canto isso, ou aquilo,... No meu distraio.

Num canto que entoa a cada melodia
que trará o poeta sempre no páreo
Afinal... Cantar - Também é poesia.

Mônica Pamplona.

01/12/13.