domingo, 26 de janeiro de 2014

SEM POESIA.



Roubaram a chave da poesia!
Gritos calados despertam
nessa insana madrugada

Poetas trancafiam suas penas,
podam os corações,
num silêncio de cada

Ensurdecem as músicas
na falta que os versos fazem...
No uivo de cada bardo

Sonhos se desfazem
numa natureza de pedra;
Sem sol, pássaros... Sem riacho.

Diluem-se as paixões
em secos sentimentos.
Tão carentes de amor

Esquiva-se a fantasia.
Agora, sem mais poesia.
O mundo perdeu seu valor!




Mônica Pamplona.
26/01/14.

NA VONTADE.


Não sou lua
que ilumina
Ser só tua
sou neblina.

Fico nua
A mercê
Relva pura!
Nem me vê!

Regozijo
sem prever
cada instinto

Que deprava
A envolver
quase nada.

Mônica Pamplona.
24/11/13.

FIO DE CABELO (Série Mulher - parte X )
























Tempos a fio... Em fios, tão leves e soltos.
Exaltam depois da progressiva
Seduzem ao olhar diante de todos
Na sutil malícia quando incita.

Quão tingido sonho se revela
novelo de fios d’ouro assentados...
Sedosos cabelos – se faz tela
Em face moldada e sem pecado

Acalenta o vento em que arremessa
a perfeição/diva que sem pressa,
desbrava em delírio sua beleza

No brilho/mulher quando faceiro
realça e satisfaz o poder em realeza
Esculpida por ‘um cabeleireiro.

Mônica Pamplona.
19/01/14.

VOU CANTAR...

Imagem Google.


Canto o amor, ou a vida,... Todo o sentir
Pois no meu cantar não requer motivos
Canto - e assim sei que vou permitir.
Emprenhar Minh’ alma pelos meus ‘ouvidos.

Talvez o cantar venha coincidir.
No momento exato duma canção
o enlevo que não deixa eu desistir
E a música invade sem discrição.

Inovo na letra sempre que faço
da harmonia do meu cantar o meu abraço
Canto isso, ou aquilo,... No meu distraio.

Num canto que entoa a cada melodia
que trará o poeta sempre no páreo
Afinal... Cantar - Também é poesia.

Mônica Pamplona.

01/12/13.