quinta-feira, 21 de abril de 2011

SOBRE O AMOR


Simples, e lentamente pousa no coração.
Instala-se sem cerimônia na atual conjuntura.
Tomando incomensurável dimensão.
Vinculando dois seres em uma só criatura.

Deleita-se em momentos extasiados
Uma vez, quando dois apaixonados.
Vivenciam sentimento de tamanho esplendor.
Saboreando juntos, o desfrute de um grande amor.

Ah,... Inspiração em alcunha de nobres poetas.
A tentar descrever intenso sentimento.
Mas palavras são somente indiretas.

/Acréscimo de um pequeno condimento/.
Pois, / Como se sabe /, sobre tudo se faz poesia.
Mas quem nunca amou – escrever, jamais caberia -.

                                                    Mônica Pamplona.



domingo, 17 de abril de 2011

A IDADE DA LOBA

A IDADE DA LOBA

Em suas veias correm em frenesi
Tamanha sensualidade.
Fêmea,
 convicta do prazer e poder que exerce.
Com prognóstico a induzir
Envolvente atração que tece.

Desonra o convencional,
Apostando no seu sexto sentido.
Entre astúcia e audácia,
/Sem premeditação./
Renascendo a cada dia
Com um novo sabor de malícia
Atrativos em performance
 Que demonstra em sua perícia.

Femínea, em sua essência.
/sua arte é a sedução/
É loba – predadora -
Não teme e exerce sua idade
Sabe e aprecia se decompor em uma cama
E retornar como dama na sociedade.

Salutares experiências adquiridas.
Favorecem melhor seu desempenho
Exaltando desde as pequenas conquistas
Ao mais nobre alcance, ferrenho!

De seus sonhos poucos restaram.
Pois muitos já se concretizaram.
Não tem tempo a perder.
Explora o inevitável.
Agora é usufruir o viver.


                        Mônica Pamplona.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O FIM DE MIM


                        O FIM DE MIM


               Que saudades sentirei do tempo de agora. Um dia, quando o hoje fizer parte de outrora.

               Da paz e aconchego que reina em família. Os amigos, sempre presente, disputando uma convivência em vigília.

               O prazer de acordar a cada dia e poder participar, trabalhar,... Contribuir com essa magia que se chama VIDA.

             A evolução que me permite ousar em desbravar, ganhando ou perdendo, desafios que aceleram meu sangue em minhas veias.

          Ter em mãos o poder de sempre iniciar, mesmo antes de terminar. Audaciosos momentos de se vivenciar!

               Triste será quando meus passos não sustentarem mais meu peso. Meu coração passar a pulsar, sem mais nenhuma emoção. Meu corpo dilacerado pelo tempo pedindo apenas proteção. E meus olhos a olhar sem nada enxergar.

               Palavras presas na garganta, sentenciando o farrapo de gente transformado. A espera além de um milagre, para que distorça esse quadro mal planejado.

              Gostaria, ao menos, de poder manter as lembranças. Recordações que me façam sorrir. Mas se nem isso me for permitido! Que minha carne decomponha-se sem mais alma, para não resistir. Abrandando esse sofrimento. E eu me torne livre, deixando de existir.

                                      Mônica Pamplona.

terça-feira, 12 de abril de 2011

ANSEIO EFEMÊRO

ANSEIO EFÉMERO

Sou tua
No poder do desejo
Tomas-me
Nua
E eu festejo

Arrebatas tua cobiça
 Entrego-me
Amando,
Adorando,
Exaltando,
Gozando,...

Até o fim

Fim?!

Tenho que ir
Outros esperam por mim!

                                                                                               Mônica Pamplona

terça-feira, 5 de abril de 2011

CRENDICES

             Vixii, minha Mãe Santíssima!
            Afasta di mim toda urucubaca
        Somi com essa gente de olho gordo 
  E num permita que cruze em meu caminho
                O danado do gatu preto
            Traz má sorte pru meu distino     
         E num tem reza braba qui dê jeito!

     Trago minha ferradura por detrás da porta
                Pra num deixar o azar entrar
        Uma plantação da Espada de São Jorge
                    Pra modo di mi proteger
     Juntinho do vaso, de Comigo Ninguém Pode

                    Um trevu di quatro folha
      Azougue e o número treze em meu pescoço
                    Enfeita e traz boa sorte
               Ai di mim, sem meus amuleto!
                    Pra todo o mal o corte!

                  Minha figa toda amarradinha
                 Cum Nosso Senhor do Bonfim
                Vela acesa, /pra tudo qu'é santo/
                        Pra alumiar as alma
                  Na dúvida, - em tudo acredito -
                     Pois fé, é qui num mi falta

                 Si mi lembro bem d'um  causo,
                     Foi da última vez qui vacilei
                             Só di lembrar doia!
           Levei na cabeça uma baita tijolada
                           Foi dois dia qui penei!
    Nunca mais passei por dibaixo duma escada!

                       Um patuá feito nu capricho
              Pra atrair o parafuso da minha porca
                     Pois em meio a esse escasseio
                          Tô sem cumpanheiro
            Só recebendo cantada de homem feio! 








FEITIÇO DE LUAR



Inspira-me o luar incandescente
Que reflete,/e mexe/,sobre as ondas do mar
Lembranças de nós dois, em um verão quente.
Noturno na praia, - Carícias a derivar -

Mera ilusão de um amor eterno
Emaranhado de paixão,clima e excitação
A lua cheia induz corações alternos
Em uma longa entrega,sem premeditação.

Estranho feitiço que nos envolve a lua
Adentra a madrugada e a noite continua
Entre o vento,o mar e dois apaixonados

O desejo em corpos envolventes - que nos sacia -
Mas logo se foi o verão, - estamos separados -
Restou somente a lua como companhia.



MEU PROVIR


Escrevo as verdades que me possuem. Que estupram o meu interior.

Escrevo o que acredito.Sem mesclagem. O veredito.

Meu peito e mente funde-se. - Minha'lma - Ah,essa ai... Exausta proclama o entendimento entre a matéria e o desconhecido. Embevecida entrelaça enriquecimentos,sutis, aos sensores de minha existência.Escancarada, sofrida! Reformulando, aquilo, que talvez seja a vida.

Por isso me exponho. Em letras que formigam meus dedos ao escrever. Extravasando um cilíndrico, que teima em persuadir a esfera, exaustiva, de minha longa e extenuante quimera.Somente com um proceder. - O de me entender.