quinta-feira, 27 de setembro de 2012

METAMORFOSE (DE CLAUDIA GAMA)

Imagem do Google.

Pele flácida vem em seguida
Ao charme que me fez querida...
Seios fartos que se fizeram abençoados,
No prazer de tê-los para ofertá-los.

Corpo que te quero.
Assim, me desejo!

Tempo/instante da natureza
Que no auge da glória... Reza,
Agradece com o choro da riqueza.
Em momento único... Sou beleza!

Corpo que te quero.
Assim, me desejo!

Linhas brancas como sanfonas,
São as atrofias cutâneas salientadas,
Fenomenais e harmônicas...
Intensa mudança que também satisfaz.

Corpo que te quero.
Assim, me desejo!

Ventre forte fez a diferença...
 Sou mãe, dona de minha firmeza.



Cláudia Gama- PEAPAZ

Um poema que define a METAMORFOSE que ocorre no corpo, alma e coração feminino. Pois somente uma mulher sabe a dor e o prazer que é ser mãe. Com a maestria poética de minha querida amiga/poetisa Lúcia Claudia Gama Oliveira. Publicado na PEAPAZ em 26/09/2012. Ornamentando meu espaço com sua permissão.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

ESPELHO MEU.

Foto pessoal.
Aplicatico, site do Google.


Em qual retrato melhor me retrato?
Na busca duma resposta,... Um conselho, ...
Que talvez possa, quem sabe, de fato,
ultrapassar, moldura desse espelho.


No refletir de reflexo bisonho
Minha autoanálise fingindo ser,
somente aquilo quando componho.
Só respondendo ao meu apetecer.

Ora, pra quê respostas, o que são?
Nesse vazio que tanto me transborda,
se nem sequer tomo uma decisão,


e continuo fingindo-me de morta!
Agrido o espelho, esse que não se opunha,
no refletir retrato à minha alcunha.


Mônica Pamplona.
11/09/2012

domingo, 2 de setembro de 2012

REFLEXO DE UM POEMA.

Foto pessoal.

Quando, final d’um verso, logo me atrapalho,
em um simples rascunho quando voo, e componho.
Driblo o tempo do verbo, não percebo, e falho,
pondo em risco uma frase correta – suponho

Reflito na oração, perdendo-me no tempo,
a mesma retratando, num sentido lento.
Nos reversos traduzidos que se vão ao vento,
rebelam-se no poema num só desatento!

São tão poucas poesias então, que me retrate
na estética das regras, que falam por si.
Em harmonia do ritmo – como num escape,

já perco o fio da meada,  meu poema agredi!
Saiba dona poesia, que assim não tem combate
Sou só uma pobre vate, nesse anseio do fluir.


Mônica Pamplona.   
02/09/12